segunda-feira, 2 de janeiro de 2012









 Windows 7


...Sete? Que sete? Sete o quê?


Quanta honra para ser o primeiro post de 2012. Mas é para mostrar que mentalidade tem que ser aberta... ABERTA, eu disse. Não sou fã do Windows da Microsoft, isto todo mundo sabe, mas a filosofia de portabilidade me obriga a conhecê-lo como SO se bem que, convenhamos... o sistema operacional do Windows 7 é o DOS ainda. Vou fazer alguns comentários sobre o SO para cumprir a missão deste blog (viu guri? Não sou tão xiita assim!).

Claro que a instalação foi feita em uma máquina virtual Oracle VirtualBox, com 1,5 GB de memória, e uma configuração bem comum e econômica. Diga-se de passagem que o SO me surpreendeu, roda bem, sem nenhuma lentidão e tem uma interface mais limpa.

O processo de instalação em si, foi tranquilo, sem sustos e apenas a mensagem: "O computador será iniciado várias vezes durante a instalação" que não surpreendeu... afinal, o kernel  precisa ser recarregado depois das primeiras alterações de configuração (heranças do microkernel NT?). Alguns descuidos são perceptíveis. Primeiro, é horrorosa a primeira tela de "loading files... ". Acho que nem o Hurd consegue ser pior! Parecia um Atari antigão! Segundo, o gerundismo que impera e que "vai poder estar imperando" enquanto o sistema "vai poder estar sendo instalado" e que causa a literal verborragia informática típica do século (já) passado. Porque dizer "a instalação está sendo inicializada..." quando se pode dizer "inciando a instalação"? Pois é ... verborragia!

Depois do clássico "O Windows precisa ser reiniciado para continuar" vem mais letras sem antialiasing (descuido estético) informando: "Inciando os serviços". Depois vem o "concluindo a instalação... " e os três pontinhos piscando me lembrou o tempo dos terminais ASCII. Eu usava muito este recurso em meus programas em Assembly! Mas depois de novo reboot, apareceu o "Iniciando o Windows..." halas... sem aquele irritante "inicializando" que era de matar.

O que mais decepciona? É que o Windows 7 é "programa de índio", ou seja, vem pelado! Não tem editor de texto, nem de imagem e nem de apresentação. Não tem planilha nem compilador... C, então, nem pensar. Primeira coisa que um usuário Unix faz? Executar comando: cmd.exe e enter! O que se lê? Microsoft Windows [versão 6.1.7601]... Windows 7 porque? WTF!

Como pretendia explorar mais o SO, escolhi instalar um "commander" para verificar arquivos e diretórios. Instalei o FreeCommander e a grande decepção me desestimulou... lá está o velho DOS... com seus .bat e .sys. Talvez o mais longe do DOS que o Windows chegou foi na versão de 64 bits. Mas digo isso em relação àquele velho MS-DOS, porque o Windows continua sendo um sistema operado a disco, ou seja, um DOS. Uma olhadinha no velho command.com (16 bits), agora com o nome de cmd.exe (32 bits), e encontramos as interrupções 21H... no dump do arquivo:

pop     DS
mov     DX,000E
mov     AH,09
INT     21

Alguém se lembra disso? "Encontre o segmento de dados, carregue o endereço em DX, chame a interrupção 21H do DOS com o código 09." Não é preciso dizer mais nada... Nem tem sentido avaliar o SO chamado DOS (6.1 ???) sem novidades. Em suma, não mudou nada! O usuário, para variar, sempre pagando mais por nada menos que enfeites; ou pagando mais por maquilagem!

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