domingo, 6 de novembro de 2011

O rei morreu... viva o rei!

A mudança radical do Ubuntu foi excelente para mim. Um tipo de "move-your-ass" muito necessário já que me encontrava devidamente resolvido quanto ao problema dos sistemas operacionais a utilizar. Para mim, tudo estava bem delineado: Ubuntu para desktops e FreeBSD para servidores. Ledo engano!

A versão 11.10 do Ubuntu já deu sinais de que vão priorizar o ambiente de tablets... e estão corretos, pois o "touch screen" é a tendência. No entanto, o Unity tem uma interface muito menos intuitiva para desktop, o que faz sentido. Afinal, até o Windows 8.0 virá com uma interface voltada para o mundo tablet --- por sinal, nada criativa nem intuitiva, parecendo mais uma colcha de retalhos de imagens e "quadrados"... valhame, que coisa feia!

A tendência criada pelos "i-phodas" deve se expandir --- ponto para a Apple --- mas não podemos esquecer que os PCs com seus teclados e mouses, pelo menos como máquinas de escrever, continuarão a existir. E aí, estas interfaces não são lá muito ergonômicas. O próprio Windows (XP, Vista e 7) nunca foram muito ergonômicos e perderam para os MacOS neste aspecto. Mas daí a criar uma interface tablet (Windows 8) horrorosa chamada Metro (e que não pode ser desativada) foi a "pá-de-cal". Aliás a Red Hat lançou nos idos de 90 uma interface com o nome de Metro-X. Hei... povo da Microsoft, foi falta de criatividade mesmo ou compraram da RH? Apesar de estarem falando que é cópia do Unity... nem pensar, o Unity é muito mais intuitivo (para tablet, claro!)

Mas voltando ao assunto Linux/BSD, a minha relação com Linux, que começou nos idos de 1992 (alô HBL... onde estás?), foi de amor e ódio. Não era fácil instalar mas depois de configurado era o paraíso para quem tinha que se virar com um PC 386. Descortinava-se todo o universo do software livre e, para quem fazia pesquisa, ter um compilador C como o da GNU e outros softwares disponíveis, além do poderoso shell tipo Unix, era bom demais.

Nestas andanças pelo universo dos sistemas operacionais o FreeBSD acabou me conquistando pelo fato de ser um Unix de verdade e ainda ter um sistema de instalação de pacotes de software como o ports. Novamente, a experiência com o Linux contou muito para que se pudesse instalar e configurar o BSD. Windows? Nunca mais... deixo-o para os tolos que aceitam aquela tela azul como se fosse a coisa mais natural do mundo e idiotas que aceitam a idéia de "ser beta-tester da Microsoft" como conclamou seu dono Bill.

Agora, novamente, enfrento as mudanças... OMG! Mas de forma positiva e descubro que o universo de sistemas operacionais se expandiu! Nos últimos 30 dias experimentei vários deles. Arch, Mint, Suse e o próprio Debian além do Ubuntu (reconfigurado para o Gnome-shell + GTK3... eu diria Gnome-Show) dos principais sabores de Linuxes. Nesta última semana foi a vez do FreeBSD e a grata surpresa de encontrar o PC-BSD (um freeBSD com instalação gráfica e fácil) um "must try" para quem quer liberdade e robustez.

Finalmente, quinta-feira foi a vez do Solaris 11 da Oracle. A instalação no modo texto (do Express) leva a um prompt de terminal onde o root não faz login... tudo bem, "user -> su -> #" :)) Mas cadê o X? nada??? Pois bem... dá-lhe hackear para conseguir entrar no GDM em modo gráfico... aí o queixo caiu! Parabéns à Oracle... o ambiente é lindo (Gnome, pra variar).

Neste ponto esta mudança do Ubuntu foi positiva, me fez testar várias outras opções para Desktop e, quem depende do desktop e não tem tela sensível ao toque, fica a dica... experimente! De todos os SOs testados segue o saldo:

1. Debian, rola bem melhor em desktop que o novo Ubuntu e, para quem está acostumado com o synaptic ou o "apt-get install", é a pedida.

2. Suse, forte e robusto, usa os pacotes rpm do Red Hat mas resolve as dependêcias sozinho... muito bom.

3. PC-BSD, para quem quer a coisa de verdade... mas com certas facilidades para instalar e configurar.

4. FreeBSD... para machos!

5. Solaris 11, és fã de java? de máquinas virtuais etc.? Pode ser configurado para ficar uma linda penteadeira de camarim de vedete! Vais amar!

Quanto à possível morte do Ubuntu... nem esquente! "Rei morto, rei posto!" diz o ditado.


Um comentário:

  1. Uma correção do texto: Não foi a RedHat que lançou o Metro-X, foi a Caldera. Veja depois meu post sobre o Fedora (http://dovicchi-sos.blogspot.com/2011/11/fedora-spins.html).

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